Na
realidade do País, o momento era de mudez total obrigatória. Tudo efervescia na
metalinguagem. Conspirava-se nas coxias.
Sampa,
anos 1974, Cena Muda. Teatro da PUC, lotado. Fila do gargarejo.
...
–
“Olá, como vai?”
–
Ela é louca!!!
(Muitos
risos, todo o camarim às gargalhadas.)
Foi
assim que entrei no camarim. Não conhecia ninguém e era muito tímida. Havia que
ser bem palhaça para encarar a cena.
Era
uma sexta-feira, todos usavam branco. Festejava-se o instante-já de felicidade.
–
Quando crescer, quero ser tão famosa quanto você.
–
Quero te entrevistar. É pro jornalzinho da Faculdade.
–
Claro, com prazer.
–
Então!, pretendo ir ao Rio de Janeiro. Pode ser lá, na sua casa?
(A
gente sabe que pretensão e água benta todo mundo se serve de quanto quer!)
–
Vou te dar o telefone da Tia Léa. Aí, você liga e marca a data.
O
coração não me cabia no peito. Pensava que todos estavam escutando minha
pulsação. Coisa de primeira vez.
Mazé
Moreira
Julho/2010
Muito lindo o texto Mazé moreira !
ResponderExcluirOi amiga o texto é lindo como sempre...........SAUDADES
ResponderExcluirLindo texto querida Mazé !!!
ResponderExcluirMazé minha querida amiga sempre com sua arte ESCREVER, escreve com a mesma suavidade como um passarinho canta, e ainda como esse um tema que ela domina tão bem, pois conhece bem a sereia, e os seus. Esse texto é lindo e já me disse pessoalmente como entrou pela primeira vez no camarim e jamais vou esquecer. BJS AMIGA
ResponderExcluirMaravilha mazé.bjs querida.
ResponderExcluirmuito bom Mazeh que maravilha, adorei....beijo grande pra vc amiga! Claywomon Serenata
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